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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Início do Flagelo - Parte 5


Disse pra ela em tom forte “Fala logo o que vocês pretendiam!”, ela não ficou assustada para minha surpresa, ela riu alto e falou “ Vocês não fazem idéia do que está por vir! Idiotas!” e cuspiu em mim!” dei-lhe um tapa em seu rosto, e ela riu mais e falou “Vocês não tem mais chance! Não dará mais tempo!” e continuou a rir sem parar.
Fiquei a pensar o que seria, fui até a porta escorei a cabeça no portal, foi quando ela disse “É! Nada aqui vai existir mais! Nada! A Bomba chegará a mais ou menos uma hora e todos vão morrer!”.
Peguei o filho e disse pra Clara sobre a bomba, ainda em frente a casa. E ela se desesperou, foi quando voltei para a mulher sentada a cadeira e perguntei “ONDE VOCÊS PRETENDIAM SE ESCONDER?! DIGA LOGO!” E dei outra tapa no rosto dela.
Ela riu e falou “Não falo, você vai ter que me levar até lá!” e soltou mais gargalhada.
Foi quando em uma atitude desesperada peguei um dos seus dedos e falei “se você não falar vou quebrar de um por um!”,  Ela riu, e eu quebrei um dedo dela, ela gritou de dor, e falou “Não vou dizer!” então quebrei outro, e Disse “vou fazer isso em todos eles!” quando estava prestes a quebrar o terceiro dedo ela falou “ Eu falo, mas por favor me leve com você, não quero morrer...” Então eu concordei.
Ela disse que a mais ou menos a 12 km ao sul, havia um casarão com um Bunker subterrâneo por trás do casarão que seria aonde eles iriam se proteger e depois seria resgatado, o pior de tudo é que não tinha acesso a carro durante esses 12 km.
Disse a ela que ficaria difícil de levar ela, mas que ia soltar a corda das pernas dela e ela poderia correr por conta própria.
Soltei a mulher, peguei as coisas e começamos a correr por dentro de uma estrada de barro, a mulher foi na frente, e fiquei com o Jhonny, a Clara e o Tótó.
Logo a frente vimos os idosos e as pessoas que fugiram, do cativeiro se abrigando em baixo das árvores. Como tínhamos menos de uma hora chamei uns idosos que se aproximaram e um homem, eles disseram “Pra onde vocês vão com tanta pressa? Não tem pra onde ir.” Falei rapidamente “Está vindo uma bomba pra cá, temos de nos esconder!” e continuamos andando.
Eles nos acompanharam enquanto os outros ficaram para trás, pena das crianças.
Era um caminho estreito, de barro com pedras que descíamos. De onde estávamos avistei o casarão.
Andamos por quase meia hora, descendo o barranco, éramos agora em 6, o homem 2 idosos e nós, ninguém falava nada, foi quando vimos a mais ou menos 2Km de nós havia um corpo caído no chão.
Apressamos o passo e quando chegamos perto, reconhecemos que era a mulher que tinha nos prendido, ela parecia ter caído de um barranco acima de nós, ensangüentada, e quase morrendo por conta da queda parecia querer falar, então me inclinei para ouvir o que ela tinha a falar.
Ela quase que sussurrando falou “Corra! Só há espaço para 5 pessoas lá!” essas foram as ultimas palavras dela, logo ela morreu me senti muito culpado por aquilo, pois tinha deixado as mãos amarradas e ainda estavam quando ela morreu.
Todos perguntaram quase que em uníssono “O que ela falou?” e disse a eles que não deu pra ouvir, ela quase não conseguia falar, os idosos não ligaram, mas o homem sabia que eu escondia algo.
A Clara apressou os passos, e o jhonny também e ela sutilmente me disse “Você está mentindo, o que ela falou? Sua cara não estava normal quando você levantou” Disse a ela que quando desse contaria e fiz um sinal como se o homem fosse um perigo para nós, e ela entendeu logo os outros também apressaram seus passos.
Chegamos ao casarão em aproximadamente 45 minutos de jornada, e fiquei a pensar em o que fazer para salvar minha família.
Disse a eles que o casarão era aonde iríamos nos esconder e que poderiam ficar alojados no porão. O Homem disse “Não vou ficar aqui! Você está escondendo alguma coisa cara!” falei pra ele que ele não tinha o que temer pois o piso da casa era coberto com um material muito resistente que minimizaria os impactos de uma bomba, pois era o casarão de um antigo general, e continuei inventando uma história por mais 5 mim. Engolindo ou não a história ele se calou e desceu a escada pro porão, foi quando chamei a Clara contei a ela e disse pra ela entrar no bunker que ficava logo atrás do casarão.
Para tentar enganar o homem entrei no porão também, a Clara pegou o Jhonny e o Tótó e os levou pra o Bunker.
Entrei, demorei uns 30 segundo e falei em voz alta “que demora da Clara, vou ver o que está acontecendo”, sai normalmente, e quando abri a porta dos fundos corri feito um louco para o bunker entreaberto, quando entrei no bunker que ia fechando, o homem gritou “Abra isso! Sabia que escondia algo! Por favor, abra!” o bunker realmente era muito apertado mau cabia nós 3 e o Tótó dentro.
Ele forçou a escotilha e conseguiu abrir, quando ele viu o Tótó ele disse “é só um cachorro” e tentou pega-lo, acertei um soco em seu rosto jogando ele para fora e fechei a porta.
Estava difícil respirar, a fome o calor e a falta de ar estavam me deixando maluco, o bunker tinha mais ou menos, 1 metro quadrado, parecia mais que era um refúgio, ou algo do tipo, mas que só servia adequadamente pra 1 pessoa, havia também uma lâmpada em uma das paredes e era sempre acesa.
O homem fora da cabine batia desesperado, chorou em cima da portinhola, implorou pra que eu abrisse, a Clara disse “é uma vida, Salve-o! Não agüento mais isso!” e começou a chorar.
Acho que faltava menos de 5 minutos para a tal bomba chegar, foi quando falei a ele “ Vou abrir mas se não se comportar vou te matar aqui dentro mesmo!” Abri a escotilha, e ele entrou.
O homem era magro de baixa estatura e parecia estar desesperado como eu, fechei a escotilha e ficamos assim, todos abaixados meio sentados no chão, o Jhonny com o Tótó no braço, sentando em um canto, logo ao seu lado a Clara e eu e o homem nos outros dois cantos.
Logo sentimos um grande impacto, no chão, tudo tremia demais durou mais do que eu imaginava, pensei nos idosos que ficaram na casa, nas crianças que ficaram para trás e no que a mulher havia me dito “...5 pessoas...” alguém mentiu pra ela, mas por que fariam isso?.
Logo depois de um grande impacto o som, a luz apagou, e em menos de 2 minutos de acontecimento tudo estava quieto e todos nós perplexos com o que havíamos sobrevivido.
Pensei que devíamos sair logo dali porque a mulher havia falado de alguém que iria resgatá-la, e eu não queria estar ali pra ver. Pessoas que seqüestram e matam pessoas não devem receber ordens de uma pessoa boa.
Ficamos uns 3 minutos ainda dentro do bunker em silêncio, quando resolvi abrir a escotilha.
Ao sair quase desmaio, tudo tinha sido devastado, e exclamei “ Meu Deus!”, tirei a Clara o Jhonny e o tótó do Bunker, o homem disse “agora o Bunker é só meu!” e fechou a escotilha do bunker.
Disse a Clara tudo que sabia e fomos ao encontro das montanhas, pois parecia ser as únicas coisas que tinham ficado de pé.
Ouvi o que seria o barulho de um Helicóptero mas, não tinha onde se esconder e as montanhas estavam a mais ou menos 2Km de distância, o casarão tinha sido totalmente destruído, porem corri com todos para ele pois minha esperança era que o Porão ainda estivesse lá.
O Ar era pesado demais, achei o que seria o porão mais também tinha sido destruído, e o corpo dos dois senhores estava lá, mas como era no subsolo, dava pra se esconder.
Quando a Clara e o Jhonny entraram no que restou do porão, o Helicóptero apareceu no céu, então me escondi e fiquei a observar na espreita.
Desceram 4 homens bem armados, e equipados com máscara de gás, bateram na escotilha, e quando o homem abriu atiraram nele e falaram em um rádio “Afirmativo! Sem Sobreviventes!” eles retornavam para o Helicóptero quando o Tótó assustado, latiu, e um deles olhou em minha direção, e falou com os outros.
Eles estavam vindo em nossa direção.

Pessoal muito obrigado pela paciencia que vocês tiveram, mas prometo não demorar tanto a escrever o resto da historia. 

Att 
Emerson Souza

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O Início do Flagelo - Parte 4


Pegamos o Tótó e entramos no carro em busca do nosso filho Johnny.
Falei com a Clara a respeito do casal que havia me roubado na noite que vinha para a cidade e decidimos voltar no local para procurar o Johnny.
Era noite e pouco se via, pois não havia iluminação senão a do carro.
A pouco menos de um quilometro do local subitamente o pneu do carro estourou, fazendo o carro capotar e bater contra as arvores, bati com a cabeça no volante e a clara desmaiou do susto, mas não se machucou, o tótó machucou levemente a pata.
Enquanto tentava sair do carro recebi uma pancada na nuca, só lembro que quando acordei estava sentindo o corte na nuca sangrando novamente, e eu estava amarrado pelas mãos em uma cadeira, Clara e tótó não conseguia ver de onde eu estava, mas havia muita gente lá presa, dava pra ouvir o clamor do povo por ajuda.
Era tipo uma casa no meio da floresta pouca iluminação e fedia igual à cidade vizinha a nossa por onde passei a mais ou menos 1 dia atrás.
Ouvi alguém conversando algo sobre “Vamos ganhar a maior recompensa! Temos crianças e Famílias! Vamos Sair como Heróis!” Como se alguém estivesse tentando capturar os sobreviventes.
Foi então que percebi que o Johnny poderia estar ali, tinha que arrumar um jeito de me soltar e tentar livrar a Clara e o Tótó e Pegar o Johnny estava lá.
Tinha colocado um isqueiro no bolso da calça, mas até o sobretudo me tiraram, era provável que tivesse tirado tudo dos meus bolsos, mas pra minha surpresa o isqueiro estava lá.
Fiquei alguns minutos observando a movimentação do lugar.
Tinham duas pessoas uma mulher e um homem, porem ambos andavam encapuzados, não dava pra ver nada e a mulher falou “temos de dar um jeito nos adultos, eles dão muito trabalho” e o homem disse “Então vou continuar o trabalho como o ‘Chefe’ falou... vou começar com os idosos!” depois que ele disse isto começou a passar na brecha a minha frente, pois estava em um quarto separado dos demais capturados, então passou um pequeno grupo de idosos com pás nas mãos.
 Lembro como se fosse neste momento, o homem dizia “cavem! Vamos! Cavem bem fundo! Será sua nova casa!” e soltou um riso aterrorizante. Creio que aquilo não era aquele homem em si, tenho certeza de que era o inimigo de nossas almas.
Começou uma gritaria geral, o desespero bateu no coração do povo que estava naquele lugar, disse pra mim mesmo que tinha que fazer algo.
Naquele momento percebi que se não fugíssemos logo daquele lugar seria o nosso fim, mas o mais estranho que achava era que não ouvia o latido de Tótó.
Foi quando não com muito esforço retirei o isqueiro com uma das mãos e queimei a corda.
Fingi que ainda estava preso até que tivesse a oportunidade de ter pelo menos a mulher sozinha na casa, pois ela estava armada com a arma que a Clara pegou de um dos bandidos lá no Centro, me levantei e silenciosamente olhei pela brecha, puder ver que a mulher estava escorada na porta da frente observando o homem com os idosos lá fora, mal pude acreditar quando vi a minha mochila na cadeira em frente a porta do quarto em que eu estava.
Então bati na madeira da parede para que a mulher pudesse escutar, pela fresta da parede consegui ver a mulher vindo em direção ao quarto, então rapidamente sentei na cadeira coloquei as mãos para trás, baixei a cabeça, e continuei batendo o pé no chão levemente.
O quarto era escuro, o sangue escorria pela minhas costas, o coração bateu rápido, a adrenalina estava a mil...Então Ela falou “vou te ensinar uma coisa pra você parar de nos atrapalhar seu idiota!” então ela pegou outra corda pra tentar amarrar minhas pernas, esperei ela abaixar então desferi uma cotovelada em seu rosto e um forte soco na barriga, fazendo-a desmaiar.
Peguei a arma, amarrei-a com as cordas, espreitei pela porta e o homem estava a maltratar os idosos com chutes e socos, gritando com eles fazendo-os cavar, aproveitei a oportunidade e peguei a minha mochila.
Na sala que era o cômodo que dava aquela porta tinham 6 pessoas, 3 crianças 1 homem e 2 mulheres, todos eles vendados e amarrados, porem a Clara não estava lá, subi rapidamente pra encontrar a Clara e estava lá ela o Tótó e o Johnny  no quarto superior da casa. Clara e Johnny estavam amarrados um ao outro e vendados e amordaçados, o Tótó estava deitado amarrado.
Quando o Tótó me viu ele latiu alto demais, o bastante pra que o homem viesse correndo para o quarto onde estava e deixasse os idosos, então disse “Clara, vou tirar vocês daqui, consegui me soltar fiquem quietos, irei me esconder pois provavelmente o homem ouviu os latidos!”.
Me escondi atrás da porta e esperei, até que ele subiu falando “ vou matar este cachorro! Eu Falei a você Elisa! Está ouvindo!?  Vou matar este cachorro!” quando ele passou pela porta dei uma coronhada na nuca dele fazendo ele cair no chão e soltar a espingarda que empunhava, apontei a arma pra ele e disse “ não faça besteira! Só queremos sair daqui!” foi quando tive certeza de que aquele homem não estava nele, o homem disse “Atire em mim! Faça como você fez com o primeiro homem que matou! Eu sei de tudo sobre você” então ele se levantou rapidamente numa tentativa de atirar em mim, então foi um momento de vida ou morte então atirei nas costas dele fazendo-o cair já morto ao chão.
Soltei a Clara o Johnny e o Tótó, então descemos a escada e virmos que não havia ninguém mais lá, creio que os idosos voltaram pra salvar o resto das pessoas, fiquei interessado em saber o que aquele casal fazia tentando levar todas aquelas pessoas...
O Johnny chorava muito o abracei bem forte e disse “Vai ficar tudo bem filho...” pedi pra Clara levar o Johnny pra fora por que agora tinha que falar com aquela mulher e saber o que realmente estava acontecendo. Sentei ela na mesma cadeira em que estava sentado, tirei o seu capuz e joguei agua em seu rosto fazendo –a acordar, e disse “Agora é minha vez!”.
pra quem ainda não leu esta aqui abaixo todas as partes do "O início do flagelo" a parte 1, 2 e 3; Quem puder depois de ler clicar em um anuncio me ajuda muito! valeu!

http://oflagelo.blogspot.com/2011/09/o-inicio-do-flagelo.html
http://oflagelo.blogspot.com/2011/09/o-inicio-do-flagelo-parte-2.html
http://oflagelo.blogspot.com/2011/09/o-inicio-do-flagelo-parte-3.html

Boa leitura e Divirta-se!
Emerson Henrique.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Início do Flagelo - Parte 3


Desci do duto sem pensar nas conseqüências, mas eles estavam no andar de baixo, bem abaixo de onde eu estava foi quando consegui avistar a mulher, realmente era a Clara, fiquei desorientado por uns segundos, pois eles diziam que ela não iria matar, mas que ela iria ser o brinquedo deles, foi quando olhei para a loja de roupas e voltei para pegar a máquina registradora para jogar na cabeça de  um deles, um tinha agarrado ela mas ela revidava empurrando ele, o outro estava bem abaixo de min só observando.
Arremessei a máquina acertando um deles em cheio na cabeça, o vi caindo com muito sangue na cabeça, o outro homem se desesperou largou a mulher e atirou em minha direção, me escondi e ele gritava “vou te pegar!”.
Ouvi os passos dele correndo em direção a escada rolante que estava desativada, corri em direção a uma loja de conveniências que ficava no final deste andar, quando estava prestes a entrar na loja ele me viu e atirou, o tiro pegou em minha perna de raspão, gritei de dor, mas ele continuava a vir.
Quando entrei na loja de conveniências não sabia mais o que fazer, não conseguia ser muito rápido, então entrei na primeira rua da loja e me escondi atrás de uma das dezenas de prateleiras da loja, não tinha muita luz ali, somente estavam ligadas as luzes de emergência.
Ele entrou na loja e falava em voz alta “vou te matar! Você matou o único companheiro que tinha! Eu vou te achar!”. Fiquei com muito medo de morrer, pois sabia que se não conseguisse me livrar daquele homem, a minha esposa e filho provavelmente morreriam.
O homem passava de corredor em corredor atirando e iluminava bastante quando ele atirava, era tipo uma metralhadora não sei muito bem, então sorrateiramente andei até o fim da loja, e entrei no que eu acho ser o setor de ferramentas, avistei um machado pequeno, peguei e me escondi em baixo da prateleira, e esperei o homem passar.
Ele estava entrando nas ruas da loja sorrateiramente, até que ele entrou na rua em que estava eu vi o pé dele vindo e chegando cada vez mais perto, e ele parou ao meu lado, aproveitei a oportunidade e desferi um golpe em seu calcanhar partindo o tendão.
O homem arremessou a arma longe por conta da queda que levou, saí rapidamente debaixo da prateleira, e por alguns segundos pensei se realmente deveria matar aquele homem, ele gritava de dor e agonia, então peguei a arma dele e atirei nele a queima roupa matando-o.
Não acreditei ter matado um homem, nunca imaginei fazer isto em minha vida, foi uma experiência que pensei jamais sentir. Voltei para ver a Clara, mas ela não estava mais lá, somente havia lá o corpo do outro homem morto, a arma que estava com ele não estava mais ali, provavelmente a Clara tinha pegado.
Ela não tinha me visto, mas sabia que alguém tinha salvado sua vida. Gritei por ela por alguns minutos, mas nada apareceu, foi quando lembrei de ter visto o duto de Ar, já aberto quando cheguei, decidi então voltar a loja de roupas e entrar no duto.
Chegando lá, o duto estava sem a tampa, entrei no duto e continuei a rastejar até que encontrei uma passagem no duto que dava para uma espécie de lavanderia do Centro, foi quando vi o Tótó sozinho preso a uma mesa que tinha no meio da sala.
Muito emocionado abracei o Tótó, e logo em seguida a Clara apareceu atrás de mim e Falou meu nome... “Richard!”
Abracei a Clara como se não houvesse o amanhã, ainda em prantos perguntei pelo Johnny, ela disse que naquela noite ela tinha encontrado um casal e que eles tinham oferecido abrigo a ela e ao Johnny, porem na manhã seguinte o Johnny tinha desaparecido com todas as roupas e comidas que estavam no carro.
Foi quando ela veio para o centro à procura do casal, Logo me recordei do casal que me abrigou e deu comida, o que eles queriam com as crianças não sabia, mas lembro de uma criança com eles no dia em que me encontraram. Falei com a Clara para pegarmos tudo de roupas, agasalhos e comida que encontrássemos.
Pegamos umas bolsas colocamos comidas, agasalhos, facas, isqueiros e umas latas de tinta para usarmos de lança-chamas, caso acabasse a munição das armas e tivéssemos de usar de tal força.
Pegamos o Tótó e entramos no carro em busca do nosso filho Johnny.

Pessoal infelizmente esta é a  ultima parte que divulgarei desta história no blog, mas a história continuará no meu livro que sairá ano que vem se assim Deus permitir, o nome do livro será  "Flagelo", conto com a ajuda de todos para sucesso desta história!!!
grato pela compreensão de todos e o carinho mostrado nessas semanas de ação, leitura e emoção, Deus nos abençoe.


Abração.


Emerson Henrique Gomes de Souza, Baixista, levita, adorador, marido, amigo e agora... Escritor!rsrsrs...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Início do Flagelo - Parte 2

Não sei como parei ali, nem quanto tempo passou, mas sei que era dia. Quando me acordei sentia uma dor na nuca e mesmo sem abrir os olhos passei a mão e percebi que tinha um corte grande na cabeça, sentia o sangue seco em meu rosto, meu corpo estava todo dolorido, meu pijama estava completamente rasgado, fazia muito frio.Quando abri os meus olhos vi que era dia e que estava no telhado de uma das casas da nossa vila, uma das únicas a ainda conseguir ficar de pé.Ventava muito, fiquei com medo de cair, pois estava muito atordoado e tonto, me sentei no telhado, e enquanto estava sentado observei o estado de como ficou a cidade.Onde havia estrada agora era só um monte de lixo, onde havia casas agora havia destroços, que cenário horrível, antes aquilo pra mim era impossível até de imaginar.Entrei em desespero, Chorei por um bom tempo lembrando do meu filho e de minha esposa, pensando onde eles poderiam estar se estariam bem, Recuperei-me, e disse em voz alta “VOU ENCONTRAR VOCÊS!!”, gritei alto como se eles fossem ouvir minha voz.Ainda em prantos tentei deslizar pelas telhas e chegar a um buraco que tinha no telhado da casa, escorreguei devagar até chegar no buraco e entrar na casa pelo sótão, e vi o que tinha causado tal buraco no telhado, uma pedra enorme tinha transpassado o sótão, e mais alguns cômodos da casa até a sala, creio que o turbilhão tenha arremessado ela naquele local.Desci por uma escada do sótão que dava acesso a um corredor da casa, notei que a casa estava vazia e fui à procura dos primeiros socorros da casa, pois o corte poderia ser grave e doía muito o local do corte provavelmente era fundo e estava inflamado.
Olhei bem no corredor e vi que uma das portas dava acesso a um dos banheiros da casa.
Entrando no banheiro olhei-me no espelho que havia acima da pia tirei minha camisa e vi vários hematomas e vi meu rosto com sangue confirmando o que achava ter, lavei meu rosto e o corte na cabeça. Vi que no armário debaixo da pia, tinha um kit de primeiro socorros. Peguei um espelho que tinha em um dos quartos e coloquei atrás de minha cabeça para visualizar o corte. Como tenho habilidades médicas, aquilo foi fácil, fiz uma sutura usei remédios pra dor, e levei a maleta de primeiros socorros comigo. Estava com muito frio, procurei roupas na casa não encontrei muita coisa alem de um, sobretudo, uma calça jeans, um par de sapatos e alguns lençóis, o bastante pra se manter aquecido. Fui até a cozinha da casa, então procurei um rádio à pilha, era costume se ter esse tipo de rádios nas casas, e achei em meio aos destroços da cozinha feito pela pedra, tentei ligar, mas o rádio estava molhado. Sentei na poltrona da sala sem saber por onde começar e simplesmente baixei a cabeça e comecei a chorar desesperado.
De repente o rádio começou a chiar, corri peguei o rádio e tentei sintonizar na primeira rádio que desse pra sintonizar, mas só uma rádio funcionava,
A mensagem que se transmitia na rádio parecia ter sido gravada momentos antes de tudo acontecer à mensagem dizia “Chegamos ao fim, nós provocamos isto! É o fim, é o fim...” e repetia como se fosse um disco arranhado.
Neste momento peguei um dos lençóis, fiz uma mochila, coloquei dentro tudo que achei de comida enlatada e bebidas, então parti a procura de minha família.Segui sentida a estrada principal, que dava na cidade vizinha.Andei por mais ou menos 12 km e não tinha nada que me desse uma ponta de esperança em ver minha família de novo, ao passar pela cidade vizinha a nossa, senti um cheiro horrível, quando percebi tinham corpos pendurados em telhados, em janelas, muitos animais mortos, carros virados.
A cada passo que dava pra frente queria dar dois para trás, tinha medo do que podia ver e minha cabeça doía muito, estava muito preocupado com minha família. O Céu estava nublado, não dava pra saber a hora, mas estava escurecendo e achei melhor tentar achar um lugar seguro pra passar a noite então apressei os passos.Passando a cidade, seguia a estrada que dava pra o centro, era floresta de pinheiro de um lado e floresta de pinheiro do outro, e a longa estrada no meio.Vi um clarão ao longe, ao lado da estrada, aparentava ser uma fogueira e parecia ter três pessoas em volta, uma das poderia ser minha família eu pensei.Meus olhos se encheram de lágrimas pensando que poderia abraçar minha família novamente, corri ao encontro deles, afinal estava a menos de 1 km de distancia, quando estava próximo a eles desmaiei, não tinha mais forças, tinha tomado remédios para a dor e não tinha comido ainda, e caí.Acordei com um grupo de pessoas parecia uma família, um casal e um menino, eles me perguntaram se eu estava bem, e me deram comida.
Após comer, expliquei a eles o que eu estava passando, e perguntei se eles sabiam o que tinha acontecido.
Eles diziam que falaram algo nos noticiários como “A H.a.r.p. está causando isto!”, mas também não sabiam detalhes.
Pena que justamente naquele dia tínhamos ido dormir cedo, pois íamos viajar no outro dia estava tudo pronto dentro do carro.
Eles ficaram bastante comovidos com minha historia e disseram que viram bastantes carros, no dia do flagelo, indo sentido o centro da cidade.
No momento este era o meu Rumo, a cidade.
Naquela noite resolvi dormir ali, parecia ser seguro, e tinha como se aquecer, então dormi.
Ao acordar pela manhã notei que a minha “mochila” tinha sido roubada e o casal não estava ali, foi quando notei que não poderia confiar em ninguém, as coisas mudaram muito rápido.
Levantei e sai só com a roupa que estava sentido cidade. Saí da estrada e andei ao redor, pela floresta que tinha em volta, e pouco mais de 20 minutos de caminhada, estava lá à cidade. Totalmente deserta, a cidade era irreconhecível, a maioria dos prédios estavam em pé, mas a cidade tinha grandes fendas abertas no chão, com muitos carros dentro, a cidade fedia a morte.
Escutei um barulho de carro, e resolvi me esconder, fiquei observando e tinha um homem e sua filha no carro fugindo de algo, decidi segui-los de longe. apareceram duas motos com dois homens armados, cercaram o carro, mandaram o homem descer e mataram ele e a criança, pegaram tudo que tinham e foram embora, como chorei em ver aquilo, “onde será que está a Clara e o Johnny?”, me perguntei.
Tinha que continuar, e com muito cuidado, continuei andando pela cidade, até que avistei o centro de compras da cidade e um carro muito parecido com o nosso na frente,  com muito cuidado fui me aproximando, estava com muito medo, mas fui assim mesmo. Quando cheguei mais perto percebi que o carro realmente era o nosso!
Não tinha ninguém dentro, as malas e as coisas da viajem não estavam ali. Espreitei o centro de compras, não havia nada, e estava muito silencioso, entrei e ouvi o que parecia ser um latido, poderia ser o Tótó! Andar por andar, loja a loja e não havia ninguém lá, quando de repente os homens de moto entraram no centro, me escondi rapidamente. Na tentativa de me esconder tropecei em um manequim que quebrou o vidro da fachada em uma loja do segundo andar, eles ouviram e vieram correndo ver o que teria sido tal barulho. Não sabia mais o que fazer, quanto mais eles se aproximava mais estático eu ficava de medo, olhei para os fundos da loja e vi os dutos de ar próximos aos provadores, corri para os dutos e achei uma coisa muito estranha. Um dos dutos estava aberto, mas já conseguia ouvir os passos deles cada vez mais perto, tinha que ser rápido! Removi a tampa, subi, entrei e fechei novamente como estava. Cerca de segundos eles entraram na loja, fiquei imóvel observando os dois homens, e um deles disse, “Nunca imaginei que sair da prisão seria tão divertido!” Depois de algum tempo revirando a loja, decidiram ir embora, o duto de ar era grande e estava desligado, resolvi rastejar por ele até encontrar uma saída dali. Mas ouvi um grito de uma mulher clamando por socorro... Logo pensei “Clara!”.

 Parte 3° http://oflagelo.blogspot.com/2011/09/o-inicio-do-flagelo-parte-3.html