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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O Início do Flagelo - Parte 2

Não sei como parei ali, nem quanto tempo passou, mas sei que era dia. Quando me acordei sentia uma dor na nuca e mesmo sem abrir os olhos passei a mão e percebi que tinha um corte grande na cabeça, sentia o sangue seco em meu rosto, meu corpo estava todo dolorido, meu pijama estava completamente rasgado, fazia muito frio.Quando abri os meus olhos vi que era dia e que estava no telhado de uma das casas da nossa vila, uma das únicas a ainda conseguir ficar de pé.Ventava muito, fiquei com medo de cair, pois estava muito atordoado e tonto, me sentei no telhado, e enquanto estava sentado observei o estado de como ficou a cidade.Onde havia estrada agora era só um monte de lixo, onde havia casas agora havia destroços, que cenário horrível, antes aquilo pra mim era impossível até de imaginar.Entrei em desespero, Chorei por um bom tempo lembrando do meu filho e de minha esposa, pensando onde eles poderiam estar se estariam bem, Recuperei-me, e disse em voz alta “VOU ENCONTRAR VOCÊS!!”, gritei alto como se eles fossem ouvir minha voz.Ainda em prantos tentei deslizar pelas telhas e chegar a um buraco que tinha no telhado da casa, escorreguei devagar até chegar no buraco e entrar na casa pelo sótão, e vi o que tinha causado tal buraco no telhado, uma pedra enorme tinha transpassado o sótão, e mais alguns cômodos da casa até a sala, creio que o turbilhão tenha arremessado ela naquele local.Desci por uma escada do sótão que dava acesso a um corredor da casa, notei que a casa estava vazia e fui à procura dos primeiros socorros da casa, pois o corte poderia ser grave e doía muito o local do corte provavelmente era fundo e estava inflamado.
Olhei bem no corredor e vi que uma das portas dava acesso a um dos banheiros da casa.
Entrando no banheiro olhei-me no espelho que havia acima da pia tirei minha camisa e vi vários hematomas e vi meu rosto com sangue confirmando o que achava ter, lavei meu rosto e o corte na cabeça. Vi que no armário debaixo da pia, tinha um kit de primeiro socorros. Peguei um espelho que tinha em um dos quartos e coloquei atrás de minha cabeça para visualizar o corte. Como tenho habilidades médicas, aquilo foi fácil, fiz uma sutura usei remédios pra dor, e levei a maleta de primeiros socorros comigo. Estava com muito frio, procurei roupas na casa não encontrei muita coisa alem de um, sobretudo, uma calça jeans, um par de sapatos e alguns lençóis, o bastante pra se manter aquecido. Fui até a cozinha da casa, então procurei um rádio à pilha, era costume se ter esse tipo de rádios nas casas, e achei em meio aos destroços da cozinha feito pela pedra, tentei ligar, mas o rádio estava molhado. Sentei na poltrona da sala sem saber por onde começar e simplesmente baixei a cabeça e comecei a chorar desesperado.
De repente o rádio começou a chiar, corri peguei o rádio e tentei sintonizar na primeira rádio que desse pra sintonizar, mas só uma rádio funcionava,
A mensagem que se transmitia na rádio parecia ter sido gravada momentos antes de tudo acontecer à mensagem dizia “Chegamos ao fim, nós provocamos isto! É o fim, é o fim...” e repetia como se fosse um disco arranhado.
Neste momento peguei um dos lençóis, fiz uma mochila, coloquei dentro tudo que achei de comida enlatada e bebidas, então parti a procura de minha família.Segui sentida a estrada principal, que dava na cidade vizinha.Andei por mais ou menos 12 km e não tinha nada que me desse uma ponta de esperança em ver minha família de novo, ao passar pela cidade vizinha a nossa, senti um cheiro horrível, quando percebi tinham corpos pendurados em telhados, em janelas, muitos animais mortos, carros virados.
A cada passo que dava pra frente queria dar dois para trás, tinha medo do que podia ver e minha cabeça doía muito, estava muito preocupado com minha família. O Céu estava nublado, não dava pra saber a hora, mas estava escurecendo e achei melhor tentar achar um lugar seguro pra passar a noite então apressei os passos.Passando a cidade, seguia a estrada que dava pra o centro, era floresta de pinheiro de um lado e floresta de pinheiro do outro, e a longa estrada no meio.Vi um clarão ao longe, ao lado da estrada, aparentava ser uma fogueira e parecia ter três pessoas em volta, uma das poderia ser minha família eu pensei.Meus olhos se encheram de lágrimas pensando que poderia abraçar minha família novamente, corri ao encontro deles, afinal estava a menos de 1 km de distancia, quando estava próximo a eles desmaiei, não tinha mais forças, tinha tomado remédios para a dor e não tinha comido ainda, e caí.Acordei com um grupo de pessoas parecia uma família, um casal e um menino, eles me perguntaram se eu estava bem, e me deram comida.
Após comer, expliquei a eles o que eu estava passando, e perguntei se eles sabiam o que tinha acontecido.
Eles diziam que falaram algo nos noticiários como “A H.a.r.p. está causando isto!”, mas também não sabiam detalhes.
Pena que justamente naquele dia tínhamos ido dormir cedo, pois íamos viajar no outro dia estava tudo pronto dentro do carro.
Eles ficaram bastante comovidos com minha historia e disseram que viram bastantes carros, no dia do flagelo, indo sentido o centro da cidade.
No momento este era o meu Rumo, a cidade.
Naquela noite resolvi dormir ali, parecia ser seguro, e tinha como se aquecer, então dormi.
Ao acordar pela manhã notei que a minha “mochila” tinha sido roubada e o casal não estava ali, foi quando notei que não poderia confiar em ninguém, as coisas mudaram muito rápido.
Levantei e sai só com a roupa que estava sentido cidade. Saí da estrada e andei ao redor, pela floresta que tinha em volta, e pouco mais de 20 minutos de caminhada, estava lá à cidade. Totalmente deserta, a cidade era irreconhecível, a maioria dos prédios estavam em pé, mas a cidade tinha grandes fendas abertas no chão, com muitos carros dentro, a cidade fedia a morte.
Escutei um barulho de carro, e resolvi me esconder, fiquei observando e tinha um homem e sua filha no carro fugindo de algo, decidi segui-los de longe. apareceram duas motos com dois homens armados, cercaram o carro, mandaram o homem descer e mataram ele e a criança, pegaram tudo que tinham e foram embora, como chorei em ver aquilo, “onde será que está a Clara e o Johnny?”, me perguntei.
Tinha que continuar, e com muito cuidado, continuei andando pela cidade, até que avistei o centro de compras da cidade e um carro muito parecido com o nosso na frente,  com muito cuidado fui me aproximando, estava com muito medo, mas fui assim mesmo. Quando cheguei mais perto percebi que o carro realmente era o nosso!
Não tinha ninguém dentro, as malas e as coisas da viajem não estavam ali. Espreitei o centro de compras, não havia nada, e estava muito silencioso, entrei e ouvi o que parecia ser um latido, poderia ser o Tótó! Andar por andar, loja a loja e não havia ninguém lá, quando de repente os homens de moto entraram no centro, me escondi rapidamente. Na tentativa de me esconder tropecei em um manequim que quebrou o vidro da fachada em uma loja do segundo andar, eles ouviram e vieram correndo ver o que teria sido tal barulho. Não sabia mais o que fazer, quanto mais eles se aproximava mais estático eu ficava de medo, olhei para os fundos da loja e vi os dutos de ar próximos aos provadores, corri para os dutos e achei uma coisa muito estranha. Um dos dutos estava aberto, mas já conseguia ouvir os passos deles cada vez mais perto, tinha que ser rápido! Removi a tampa, subi, entrei e fechei novamente como estava. Cerca de segundos eles entraram na loja, fiquei imóvel observando os dois homens, e um deles disse, “Nunca imaginei que sair da prisão seria tão divertido!” Depois de algum tempo revirando a loja, decidiram ir embora, o duto de ar era grande e estava desligado, resolvi rastejar por ele até encontrar uma saída dali. Mas ouvi um grito de uma mulher clamando por socorro... Logo pensei “Clara!”.

 Parte 3° http://oflagelo.blogspot.com/2011/09/o-inicio-do-flagelo-parte-3.html


Um comentário:

  1. mais uma vez...surpreendente!de novo...curiosa e viajando pelo centro da cidade...hihihihi, parabéns amor!

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