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terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Início do Flagelo


Não é difícil lembrar deste lugar antes do grande Flagelo.
Lembro como tudo aconteceu... Como se fosse acontecer novamente a qualquer momento.
Foram exatamente as 22:00 do dia 02 de fevereiro, a brisa batia na janela,esqueci aberta naquele dia, estava tudo muito quieto e tranqüilo, como se nada do que viesse a vir a acontecer na verdade aconteceria.
Levantei da cama, fechei a janela, fui a cozinha beber água, olhei pela janela da cozinha como de costume para ver se o Tótó estava bem em sua nova casa que havia construído a poucas semanas, tudo estava bem, e como esperava ele não aceitou a nova “casa”, estava dormindo junto a cerca em seu cantinho como de costume.
Nos últimos dias aqui no litoral, a lua parecia nos presentear todos os dias com sua bela presença no horizonte do mar, e esta noite não foi diferente, a lua estava bela novamente e sem nenhuma nuvem no céu, destacando ainda mais a sua beleza.
Voltei ao meu quarto e minha linda esposa estava a dormir profundamente como se eu ainda estivesse lá, meu filho dormia em sua cama.
Tinha reclamado com o Johnny aquele dia, por ele ter quebrado o vidro de perfume de sua mãe, ele tinha ido dormir de castigo pela trela.
Voltei a minha cama, me cobri e quando estava prestes a fechar meus olhos para dormir, vi um grande clarão que parecia vir da minha cozinha, não estava chovendo nem mesmo nublado estava, pois parecia mais um relâmpago, me levantei rapidamente, fui até a cozinha, e vi o temporal mais violento de minha vida!
Começou a chover e a ventar com muita força, o mar se agitou, a lua dividia sua beleza com uma grande massa de nuvens negras relâmpagos e trovões, em 15 anos nunca havia presenciado aquilo no nosso litoral.
Fui lá fora pegar o Tótó para coloca-lo para dentro,
Ele latia muito e estava muito assustado, Fui lá fora pega-lo, tinha acabado de pegar ele quando abri a porta dos fundos para entrar na cozinha novamente, fui empurrado pela força do vento, uma força tal que me derrubou com o Tótó em meus braços, consegui me colocar de pé com o Tótó depois de 2 tentativas, quando me coloquei de pé ouvi a voz de minha esposa.
Clara me perguntava o que estava acontecendo, corri entrei rapidamente colocando o cachorro no chão, e fechando a porta respondi a ela, “ Espero que não seja nada mais do que um bravo temporal”, eu sabia que não era só um bravo temporal, sentia aqui dentro que não era...
Olhei pela janela ainda sujo e muito assustado, quando vi a lua novamente, ela parecia sair do fundo do mar e ao mesmo tempo, um enorme pilar de água surgiu no meio do mar vindo do Céu, foi onde tudo começou...
Fiquei pasmo vendo tal pilar se formar e ficou tão grande, que mais parecia um enorme furacão no meio do mar, liguei o rádio que ficava na cozinha em cima do balcão, e infelizmente não era só ali que estava acontecendo.
Nos rádios e noticiários se falavam de grandes fissuras no chão da Rússia, do Japão tendo terremotos e anunciando que em 15 minutos viria o maior Tsunami da Historia, o deserto do Saara sendo rasgado ao meio por uma grande fissura.
Ao ouvir aquilo, fiquei imóvel por uns instantes, como se nada daquilo fosse real, até que a grande torre de água começou a se mover ferozmente em nossa direção, falei pra minha esposa “Vamos sair daqui!!” Acordamos o Johnny entramos no carro, com certeza em mais ou menos 30 segundos a grande torre atingiria a nossa casa, quando todos nós entramos no carro, lembramos do Tótó que havia ficado na casa, voltei para pega-lo e  em pranto falei a minha esposa” Vai!! Eu te amo!! Leve nosso Filho para longe daqui!!” meu filho chorava muito,  Voltei pra pegar o Tótó, quando estava próximo a porta ele saiu correndo pela portinha da cozinha, fiz o sinal pra ele pular em meus braços, eu o agarrei e parecia ser tarde demais para correr, ou fazer qualquer coisa, o turbilhão estava muito próximo, a chuva era intensa e parecia furar a minha pele a cada passo que dava contra ela, corri para a rua que ficava em frente a nossa casa, e continuei a correr como se não tivesse fim, consegui avistar o nosso carro onde estava a Clara e Johnny, mas estavam muito longe.
Mesmo assim tentei alcançá-los, cortei caminho por entre as casas vizinhas, saindo na rua que dava pra principal, não sentia mais minhas pernas, o Tótó parecia pesar uma Tonelada, mas pensar em não ver a minha esposa e o meu filho novamente, me dava forças pra correr e continuar, pulei muretas e cercas, todas as casas já pareciam estar vazias,
Após muito esforço consegui ficar a 10 metros do carro quando o Turbilhão atingiu a casa que estava atrás de mim, Soltando uma enorme madeira da parede, batendo em minha cabeça...
Lembro do Tótó caindo, e correndo até o carro, e minha esposa parando o carro e em prantos pegando ele, e olhando para trás...Ela não conseguia me ver, estava muito escuro e tinha muita nevoa lá...a ultima coisa que consegui ver antes de desmaiar foi ver o carro partindo...

Parte 2 oflagelo.blogspot.com/2011/10/o-inicio-do-flagelo-parte-4.html



Emerson Henrique

6 comentários:

  1. me fez viajar amor, parabéns pela inspiração...aguardando a segunda parte da história!!!

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  2. A estória está legal demais e o contexto muito envolvente; espero que chegue logo a continuação... Deus te abençoe mano!

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  3. eu fiquei cmovida com essa estoria .....tudo é tão real.

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  4. muito legal mesmo!!! espero e final... oq aconteceu com ele e a familia?

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  5. curti bastante o seu ponto de vista consegue entrar mesmo na historia de um apocalipse.

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  6. Ainda bem que tu não colocasse o ano(Esperteza sua), pois as profecias dos maias já tão me enchendo,mas você está no ritmo escatológico...No aguardo do desfecho da história...Pereira Leite.

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